Sylvia Meirelles da Silva Santos nasceu em 25 de
abril de 1889 em Vitória, capital do Estado do Espírito Santo, filha única de
Maria Hora de Oliveira e Justiniano Martins de Azambuja Meyrelles. Era chamada,
pelos íntimos, de Dona Santinha. Estudou, desde menina, no Colégio Nossa
Senhora Auxiliadora (Colégio do Carmo), colégio que, diante das dificuldades
dos primeiros tempos, socorreu, com a ajuda dos pais. Nessa instituição educacional,
ainda como aluna, elaborou peças curtas de teatro para as comemorações de fim de
ano, ou em homenagens a visitantes ilustres. Foi criadora do Hino de Despedida
do Colégio do Carmo, em 1911. Colaborou em jornais da época e escreveu
regularmente para o jornal O Repórter. Liderou o movimento do voto feminino, no Espírito Santo, na função
de Presidente da Federação Espírito-santense pelo Progresso Feminino, em
Vitória, nomeada que foi pela líder do feminismo no Brasil, Bertha Lutz. Foi, também,
precursora da defesa do direito e do dever do trabalho da mulher. Candidatou-se
a deputada estadual, obtendo expressiva votação. Era casada com Aristides da
Silva Santos, advogado, jornalista, poeta, membro do Instituto Histórico e
Geográfico do Espírito Santo e um dos fundadores da Faculdade de Direito do
Espírito Santo, de quem ficou viúva ainda muito jovem. Trabalhou ativamente
para a criação e manutenção, ao lado do marido, da Escola das Crianças
Descalças,
que funcionava na Loja Maçônica União e Progresso, na Cidade Alta.
Foi professora de francês, poeta, declamadora, ativista cultural e social.
Muitas de suas peças foram encenadas por colegas e alunos da Escola Normal
Pedro II. Faleceu em Vitória, em 19 de outubro de 1990, aos 101 anos de idade.
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